Paraty surgiu em torno de uma capela, a capela de São Roque. Em 1646 foi separada de Angra dos Reis e ergueu uma Matriz própria, a igreja de Nossa Senhora dos Remédios de Paraty. Em 1667, o povoado tornou-se tão forte em seus ideais que o núcleo foi elevado à categoria de vila.
No século XVIII, o comércio era intenso vindo do Vale do Paraíba e de Minas Gerais, rota da Trilha do Ouro. A Coroa transferiu as pessoas interessadas no ouro e promoveu o calçamento da trilha para dar tração nas patas dos animais. Paraty teve uma casa de registro ou casa de quintos, impostos cobrados pela Coroa correspondente à quinta parte de toda a carga que descia. Para defender a carga de ouro dos piratas, a vila ergueu o Forte do Defensor Perpétuo (o mais famoso guardião da trilha, que descobriu o tráfico de ouro pelas imagens de santos – Santos do Pau-Oco – foi Tiradentes).
O caminho ligava Diamantina, Ouro Preto e Paraty. No final do século XVIII, a trilha deixou de ser usada por motivos de segurança e praticidade, já que, o ouro tinha que passar por Paraty e depois partir pela costa do Rio de Janeiro até a capital, o que demorava e atraía piratas na costa. Foi feito então o Caminho Novo, que ligava Diamantina, Ouro Preto e Rio de Janeiro, não mais passando por Paraty.
Paraty entrou em decadência (primeira decadência) quando a Rota do Caminho Novo foi aberta e as cargas desviadas para o Rio de Janeiro.
Paraty não mais recebia o ouro. Tornou-se então um grande produtor de pinga e açúcar e paralelo a isso tudo o café, também fez de Paraty um importante comércio utilizando seu porto e enviando o café para o Rio de Janeiro. O ciclo do café levou Paraty a outro grande crescimento. Em 1844, Paraty se tornou cidade e em
A inauguração da ferrovia (inglesa) que levava café para o Rio de Janeiro fez que a trilha ficasse obsoleta e a cidade de Paraty novamente caiu em decadência (segunda decadência) e, deste modo, perdeu suas principais atividades econômicas e foi abandonada. Só mais recentemente, com o prêmio de Patrimônio Histórico Nacional (1966) e com o asfaltamento da BR-101 de Angra a Paraty pelo governo militar, que a cidade novamente ganhou destaque, com o turismo e, hoje, é sede da FLIP (Feira Literária de Paraty), que atrai turistas todos os anos e é também candidata a Patrimônio Histórico da Humanidade.
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